Projeto

JURA São Carlos 2021 - LIVROS E ENXADAS: Soberania e Bem-Estar Popular

Sobre o evento:

Para nós, mulheres feministas agroecológicas, a Agroecologia tem sido um caminho coletivo de construção de uma filosofia de vida que, a partir de uma forma de pensar e fazer a agricultura, propõe relações justas, igualitárias e equilibradas entre as pessoas e dessas com o ambiente, orientando assim visões de mundo, ações cotidianas, atuações políticas e práticas produtivas, de consumo e da construção de novas relações sociais pautadas nos valores da ética, solidariedade, reciprocidade e princípios da precaução e responsabilidade. Com essa afirmação, recusamos uma visão cientificista e tecnicista, ainda muito presente no mundo acadêmico e na prática cotidiana de parte das organizações, que resume a agroecologia à transição do modelo de produção. Não basta substituir os venenos e adubos químicos por insumos agroecológicos ou orgânicos na produção de alimentos, energia, fibras, etc. Na nossa perspectiva é preciso enfrentar as contradições de classe, transformar as relações sociais entre homens e mulheres e entre as gerações, combater o racismo e ressignificar as conexões entre campo e cidade para a construção de outro mundo possível!

Por isso, em nossa mesa “Mulheres e Agroecologia” contaremos com a presença de Natália Lobo que é agroecóloga, militante da Marcha Mundial das Mulheres e assistente de pesquisa do IRD (Institut de Recherche pour le Développement) e também com Enedina Andrade, da Anca (Associação de Mulheres Camponesas do Assentamento), na mediação feita por Marina Fernandes (Nea).